Exportações de lanchas e iates superam as importações no Brasil pela 1ª vez na história.

Dado é de 2022 e mostra que cada vez mais modelos nacionais navegam em águas de países da Europa e nos Estados Unidos.

Segundo a ACOBAR (Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos), no ano passado, as exportações realizadas nesse setor atingiram volumes recordes, chegando a movimentar o valor de US$ 30,1 milhões, um volume quase quatro vezes superior às importações que por sua vez chegaram, ao valor de US$ 7,6 milhões.

Em 2021, o país já havia exportado quase a mesma cifra aringindo US$ 29,9 milhões, porém as importações no mesmo período chegaram a US$ 75,7 milhões.

Para Eduardo Colunna, atual presidente da Acobar,  uma iniciativa de aproximadamente uma década que ganhou força nos últimos quatro anos está trazendo resultados, e o setor agora colhe os frutos de investimentos feitos pelos próprios estaleiros que mantinham um foco maior na importação, não investindo nas operaçoes de Exportação de seus produtos.

Eduardo ainda afirma que somente com as exportações a expectativa de crescimento anual é de aproximadamente 20%.

Taxas de câmbio favoráveis e o desenvolvimento de modelos mais competitivos no mercado internacional alavancaram as vendas para o exterior. No ano de 2022, ao menos seis empresas brasileiras expuseram no Miami Boat Show, considerado o maior evento náutico do planeta. “Algumas empresas chegam a exportar mais de 40% de sua produção”, garante. Ele afirma que os barcos nacionais perdem para os estrangeiros em nada.

Comercialização 

Pela primeira vez, no mês de março o estaleiro italiano Azimut Yachts, que produz iates em Itajaí (SC) desde 2010, chegou a exportar para a Itália uma unidade do megaiate 27 Metri, que trata-se de uma embarcação de luxo que no Brasil tem seu valor fixado em R$ 54 milhões.

Conforme CEO da empresa no Brasil, Francesco Caputo, a única unidade da marca situada fora fora da Itália surgiu para atender o mercado brasileiro, mas afirma que um cliente necessitava receber o iate para poder aproveitar a temporada europeia de navegação, com início em abril.

Segundo Francesco Caputo, o custo menor da mão de obra no Brasil ajuda na competitividade, mas a vantagem se dilui nos custos de transporte.

Eduardo Colunna, da Acobar, lembra ainda do sistema drawback como um grande aliado para a Exportação, visto que através dele itens importados destinados à fabricação de mercadorias destinadas a exportação,  são isentas do recolhimento de tributos ao entrarem no país, como forma de incentivo à exportação. Como por exemplo no caso de motores.

Itajaí consolida-se como referencia na área naval, concentrando hoje 29 empresas do ramo, gerando diretamente cerca de 1.100 vagas de empregos, e chegando a contribuir com a arrecadação de R$ 611 milhões em impostos apenas no ano de 2022.

Thiago Morastoni , secretário de Desenvolvimento Econômico da cidade, afirma que “De cada dez barcos produzidos no Brasil, sete saem de Itajaí” , e reforça ainda que entre 25% e 30% dessa parcela são destinados à exportação.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Free Joomla! templates by Engine Templates